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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Por que os preços dos Imóveis não param de subir?

Os preços dos imóveis vão continuar subindo de maneira consistente no Brasil. Entenda por quê


Uma característica que chama atenção no balanço das construtoras é o baixo valor de seus ativos permanentes. Isso acontece, porque para construir mais, uma construtora não precisa comprar uma nova fábrica, por exemplo, como teria que fazer uma montadora de automóveis. Para construir mais, as construtoras contratam mais profissionais, que são alocados nas próprias obras, alugam equipamentos, e compram mais materiais conforme eles se tornam necessários em cada empreendimento.

Assim, grande parte dos custos das construtoras são custos diretos, muito pouco é depreciação de equipamentos e instalações.

A mesma lógica que serve para um aumento de demanda, serve para uma redução. Se o mercado se contrai, as construtoras demitem e param de comprar materiais, uma vez que não há mais demanda para eles. Não é necessário fechar fábricas ou achar formas de mantê-las operacionais em momentos de crises. As fábricas simplesmente não existem.

Por isso na construção, ao contrário de outras indústrias, uma retração na demanda não é necessariamente acompanhada por uma redução de preços. Quando a demanda cai, os lançamentos minguam. As fases de lançamento e construção dos empreendimentos chega a 3 anos, dando às construtoras tempo para se adaptar às oscilações do mercado.

Os preços na construção são fortemente comandados pelos preços de terrenos, de mão de obra e de materiais, e das projeções desses preços para o futuro. Nos últimos anos as pressões de alta têm sido constantes. E no futuro? Os terrenos desaparecem nas grandes cidades. Se o país continuar crescendo e dando uma educação decente a seu povo, haverá menos profissionais dispostos a trabalhar na construção civil, e esses serão mais qualificados e mais caros.

Em relação a materiais, alguns são commodities, como aço, cujo preço tem variado muito nos últimos anos. Outros, como porcelanatos e outos tipos de revestimentos, tiveram seus preços deprimidos pela importação da China. No geral, como mostra o INCC, a tendência nos últimos 15 anos (e passamos por muitas crises nesse período) é de custos mais altos na construção civil.



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