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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Finanças Pessoais.

Própria ou alugada?

A decisão por ter uma casa própria não deve ser automática. É preciso analisar tudo muito bem.

Da redação em 27/08/2012

Quem casa quer casa, diz o velho ditado. E, a julgar pelo comportamento geral, quem não casa também quer. Casa própria é um sonho acalentado por muita gente. Mas, acredite, não é unanimidade entre os especialistas de finanças que ter a própria casa é o melhor caminho. Quando se sabe que a moradia consome cerca de 30% dos gastos familiares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vale a pena perder um pouco de tempo para analisar o assunto, certo?

A questão inicial é o tempo. Normalmente, um casal compra a própria casa ainda antes do casamento ou logo após. Isto é, quando ainda não tem muito dinheiro, já que normalmente ambos estão iniciando a vida profissional. Aí, ou vão para altas prestações e entradas ou recorrem a um financiamento que leva de 20 a 30 anos para ser quitado. Essa é, portanto, a hora de reflexão.

Deixando claro que não é contra a casa própria, o analista Gustavo Cerbasi enumera, em seu livro “Os segredos dos casais inteligentes”, no entanto, alguns pontos que devem ser postos na mesa na hora da escolha: a capacidade de poupar para a aposentadoria; a capacidade de garantir verbas para cultivar a quebra da rotina e novas experiências; a capacidade de poupar para realizar sonhos; a capacidade de aproveitar oportunidades de risco para que cresçam tanto na carreira quanto em patrimônio.

“Se a pessoa tem capacidade financeira para gastar com qualidade, poupar para o futuro, formar reservas financeiras e, ainda assim, pagar o financiamento ou outra forma de aquisição da moradia, deve seguir em frente”, diz ele. Mas faz um alerta: “Se para garantir a moradia própria a pessoa tem de abrir mão de fatores importantes para a tranquilidade financeira, recomendo adiar a compra da casa própria.”

Gustavo Cerbasi acredita que o aluguel não deve ser uma alternativa para a vida toda. “Apenas vejo a flexibilidade desse modelo como um fator fundamental para que as pessoas acelerem o processo de formação de patrimônio”, diz ele, lembrando que no começo de nossa vida produtiva estamos sujeitas a muitas alterações: chegada de filhos – nem sempre sabemos com certeza quantos virão –, troca de emprego, viagens de trabalho ou para a realização de cursos, por exemplo.

Viu só? Para tudo é preciso juntar o máximo de informação para ter condições de uma decisão mais racional e adequada a sua vida e de sua família. Seu bolso e sua tranquilidade agradecem.

Fonte: BM&F BOVESPA